Abandonar um cão. O devir-animal na literatura portuguesa afrodescendente
DOI:
https://doi.org/10.13136/2724-4202/1412Parole chiave:
Animal Studies, colonialismo, literatura portuguesa afrodescendente, necropolítica, vulnerabilidadeAbstract
Para além de marcar a ligação com a filosofia e a metafísica ocidental, as relações assimétricas entre humanitas e animalitas estruturam e justificam o projeto (neo)colonial. Tendo em conta os destinos necropolíticos comuns de abandono aos quais são condenados animais e humanos vulneráveis, o artigo analisa as implicações políticas, éticas e ontológicas que emergem nas interações entre “humanos” e “animais” no alvo da teoria crítica e filosófica dos Animal Studies e no romance Maremoto, de Djaimilia Pereira de Almeida. Sob esta luz, a recente literatura portuguesa de autoria afrodescendente revela-se um movimento artístico que interroga a nação sobre o seu recente passado colonial, os seus legados traumáticos, a violência antropocêntrica e a complexidade da reparação histórica.
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